quarta-feira, 29 de junho de 2011

Homilia de Bento XVI nos 60 anos de sacerdócio e entrega do Pálio




Santa Missa no 60º aniversário de Ordenação Sacerdotal de Bento XVI
e entrega do Pálio aos novos Arcebispos Metropolitanos

Basílica de São Pedro
Quarta-feira, 29 de junho de 2011


Amados irmãos e irmãs!


"Non iam servos, sed amicos"
- "Já não vos chamo servos, mas amigos" (cf. Jo 15, 15). Passados sessenta anos da minha Ordenação Sacerdotal, sinto ainda ressoar no meu íntimo estas palavras de Jesus, que o nosso grande Arcebispo, o Cardeal Faulhaber, com voz já um pouco fraca, mas firme, dirigiu a nós, novos sacerdotes, no final da cerimônia da Ordenação. Segundo o ordenamento litúrgico daquele tempo, esta proclamação significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados. "Já não sois servos, mas amigos": eu sabia e sentia que esta não era, naquele momento, apenas uma frase "de cerimônia"; e que era mais do que uma mera citação da Sagrada Escritura. Estava certo disto: neste momento, Ele mesmo, o Senhor, di-la a mim de modo muito pessoal. No Batismo e na Confirmação, Ele já nos atraíra a Si, acolhera-nos na família de Deus. Mas o que estava a acontecer naquele momento ainda era algo mais. Ele chama-me amigo. Acolhe-me no círculo daqueles que receberam a sua palavra no Cenáculo; no círculo daqueles que Ele conhece de um modo muito particular e que chegam assim a conhecê-Lo de modo particular. Concede-me a faculdade, que quase amedronta, de fazer aquilo que só Ele, o Filho de Deus, pode legitimamente dizer e fazer: Eu te perdoo os teus pecados. Ele quer que eu – por seu mandato – possa pronunciar com o seu "Eu" uma palavra que não é meramente palavra mas ação que produz uma mudança no mais íntimo do ser. Sei que, por detrás de tais palavras, está a sua Paixão por nossa causa e em nosso favor. Sei que o perdão tem o seu preço: na sua Paixão, Ele desceu até ao fundo tenebroso e sórdido do nosso pecado. Desceu até à noite da nossa culpa, e só assim esta pode ser transformada. E, através do mandato de perdoar, Ele permite-me lançar um olhar ao abismo do homem e à grandeza do seu padecer por nós, homens, que me deixa intuir a grandeza do seu amor. Diz-me Ele em confidência: "Já não és servo, mas amigo". Ele confia-me as palavras da Consagração na Eucaristia. Ele considera-me capaz de anunciar a sua Palavra, de explicá-la retamente e de a levar aos homens de hoje. Ele entrega-Se a mim. "Já não sois servos, mas amigos": trata-se de uma afirmação que gera uma grande alegria interior mas ao mesmo tempo, na sua grandeza, pode fazer-nos sentir ao longo dos decênios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da sua bondade inexaurível.

"Já não sois servos, mas amigos": nesta frase está encerrado o programa inteiro de uma vida sacerdotal. O que é verdadeiramente a amizade?
Idem velle, idem nolle – querer as mesmas coisas e não querer as mesmas coisas: diziam os antigos. A amizade é uma comunhão do pensar e do querer. O Senhor não se cansa de nos dizer a mesma coisa: "Conheço os meus e os meus conhecem-Me" (cf. Jo 10, 14). O Pastor chama os seus pelo nome (cf. Jo 10, 3). Ele conhece-me por nome. Não sou um ser anônimo qualquer, na infinidade do universo. Conhece-me de modo muito pessoal. E eu? Conheço-O a Ele? A amizade que Ele me dedica pode apenas traduzir-se em que também eu O procure conhecer cada vez melhor; que eu, na Escritura, nos Sacramentos, no encontro da oração, na comunhão dos Santos, nas pessoas que se aproximam de mim mandadas por Ele, procure conhecer sempre mais a Ele próprio. A amizade não é apenas conhecimento; é sobretudo comunhão do querer. Significa que a minha vontade cresce rumo ao "sim" da adesão à d’Ele. De fato, a sua vontade não é uma vontade externa e alheia a mim mesmo, à qual mais ou menos voluntariamente me submeto ou então nem sequer me submeto. Não!Na amizade, a minha vontade, crescendo, une-se à d’Ele: a sua vontade torna-se a minha, e é precisamente assim que me torno de verdade eu mesmo. Além da comunhão de pensamento e de vontade, o Senhor menciona um terceiro e novo elemento: Ele dá a sua vida por nós (cf. Jo 15, 13; 10, 15). Senhor, ajudai-me a conhecer-Vos cada vez melhor! Ajudai-me a identificar-me cada vez mais com a vossa vontade! Ajudai-me a viver a minha existência, não para mim mesmo, mas a vivê-la juntamente convoco para os outros! Ajudai-me a tornar-me sempre mais vosso amigo!

Essa palavra de Jesus sobre a amizade situa-se no contexto do discurso sobre a videira. O Senhor relaciona a imagem da videira com uma tarefa dada aos discípulos: "Eu vos destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça" (Jo 15, 16). A primeira tarefa dada aos discípulos, aos amigos, é pôr-se a caminho – destinei, para que vades –, sair de si mesmos e ir ao encontro dos outros. A par dessa, podemos ouvir também a frase que o Ressuscitado dirige aos seus e que aparece na conclusão do Evangelho de Mateus: "Ide fazer discípulos de todas as nações…" (cf. Mt 28, 19). O Senhor exorta-nos a superar as fronteiras do ambiente onde vivemos e levar ao mundo dos outros o Evangelho, para que permeie tudo e, assim, o mundo se abra ao Reino de Deus. Isto pode trazer-nos à memória que o próprio Deus saiu de Si, abandonou a sua glória, para vir à nossa procura e trazer-nos a sua luz e o seu amor. Queremos seguir Deus que Se põe a caminho, vencendo a preguiça de permanecer cômodos em nós mesmos, para que Ele mesmo possa entrar no mundo.

Depois da palavra sobre o pôr-se a caminho, Jesus continua: dai fruto, um fruto que permaneça! Que fruto espera Ele de nós? Qual é o fruto que permanece? Sabemos que o fruto da videira são as uvas, com as quais depois se prepara o vinho. Por agora detenhamo-nos sobre esta imagem. Para que as uvas possam amadurecer e tornar-se boas, é preciso o sol mas também a chuva, o dia e a noite. Para que deem um vinho de qualidade, precisam de ser pisadas, há que aguardar com paciência a fermentação, tem-se de seguir com cuidadosa atenção os processos de maturação. Características do vinho de qualidade são não só a suavidade, mas também a riqueza das tonalidades, o variado aroma que se desenvolveu nos processos da maturação e da fermentação. E por acaso não constitui já tudo isto uma imagem da vida humana e, de modo muito particular, da nossa vida de sacerdotes? Precisamos do sol e da chuva, da serenidade e da dificuldade, das fases de purificação e de prova mas também dos tempos de caminho radioso com o Evangelho. Num olhar de retrospectiva, podemos agradecer a Deus por ambas as coisas: pelas dificuldades e pelas alegrias, pela horas escuras e pelas horas felizes. Em ambas reconhecemos a presença contínua do seu amor, que incessantemente nos conduz e sustenta.

Agora, porém, devemos interrogar-nos: de que gênero é o fruto que o Senhor espera de nós? O vinho é imagem do amor: este é o verdadeiro fruto que permanece, aquele que Deus quer de nós. Mas não esqueçamos que, no Antigo Testamento, o vinho que se espera das uvas boas é sobretudo imagem da justiça, que se desenvolve numa vida segundo a lei de Deus. E não digamos que esta é uma visão veterotestamentária, já superada. Não! Isto permanece sempre verdadeiro. O autêntico conteúdo da Lei, a sua summa, é o amor a Deus e ao próximo. Este duplo amor, porém, não é qualquer coisa simplesmente doce; traz consigo o peso da paciência, da humildade, da maturação na educação e assimilação da nossa vontade à vontade de Deus, à vontade de Jesus Cristo, o Amigo. Só deste modo, tornando verdadeiro e reto todo o nosso ser, é que o amor se torna também verdadeiro, só assim é um fruto maduro. A sua exigência intrínseca, ou seja, a fidelidade a Cristo e à sua Igreja requer sempre que se realize também no sofrimento. É precisamente assim que cresce a verdadeira alegria. No fundo, a essência do amor, do verdadeiro fruto, corresponde à palavra relativa ao pôr-se a caminho, ao ir: amor significa abandonar-se, dar-se; leva consigo o sinal da cruz. Neste contexto, disse uma vez Gregório Magno: Se tendeis para Deus, tende cuidado que não O alcanceis sozinhos (cf. H Ev 1, 6, 6: PL 76, 1097s). Trata-se de uma advertência que nós, sacerdotes, devemos ter intimamente presente cada dia.

Queridos amigos, talvez me tenha demorado demasiado com a recordação interior dos sessenta anos do meu ministério sacerdotal. Agora é tempo de pensar àquilo que é próprio deste momento.

Na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, antes de mais nada dirijo a minha mais cordial saudação ao Patriarca Ecumênico Bartolomeu I e à Delegação por ele enviada, cuja aprazível visita na ocasião feliz da festa dos Santos Apóstolos Padroeiros de Roma vivamente agradeço. Saúdo também os Senhores Cardeais, os Irmãos no Episcopado, os Senhores Embaixadores e as autoridades civis, como também os sacerdotes, os colegas da minha Missa Nova, os religiosos e os fiéis leigos. A todos agradeço a presença e a oração.

Aos Arcebispos Metropolitanos nomeados depois da última festa dos grandes Apóstolos, será agora imposto o pálio. Este, que significa? Pode recordar-nos em primeiro lugar o jugo suave de Cristo que nos é colocado aos ombros
(cf. Mt 11, 29-30). O jugo de Cristo coincide com a sua amizade. É um jugo de amizade e, consequentemente, um "jugo suave", mas por isso mesmo também um jugo que exige e plasma. É o jugo da sua vontade, que é uma vontade de verdade e de amor. Assim, para nós, é, sobretudo, o jugo de introduzir outros na amizade com Cristo e de estar à disposição dos outros, de cuidarmos deles como Pastores. E assim chegamos a um novo significado do pálio: este é tecido com a lã de cordeiros, que são benzidos na festa de Santa Inês. Deste modo recorda-nos o Pastor que Se tornou, Ele mesmo, Cordeiro por nosso amor. Recorda-nos Cristo que Se pôs a caminho pelos montes e descampados, aonde o seu cordeiro – a humanidade – se extraviara. Recorda-nos como Ele pôs o cordeiro, ou seja, a humanidade – a mim – aos seus ombros, para me trazer de regresso a casa. E assim nos recorda que, como Pastores ao seu serviço, devemos também nós carregar os outros, pô-los por assim dizer aos nossos ombros e levá-los a Cristo. Recorda-nos que podemos ser Pastores do seu rebanho, que continua sempre a ser d’Ele e não se torna nosso. Por fim, o pálio significa também, de modo muito concreto, a comunhão dos Pastores da Igreja com Pedro e com os seus sucessores: significa que devemos ser Pastores para a unidade e na unidade, e que só na unidade, de que Pedro é símbolo, guiamos verdadeiramente para Cristo.

Sessenta anos de ministério sacerdotal! Queridos amigos, talvez me tenha demorado demais nos pormenores. Mas, nesta hora, senti-me impelido a olhar para aquilo que caracterizou estes decênios. Senti-me impelido a dizer-vos – a todos os presbíteros e Bispos, mas também aos fiéis da Igreja – uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o fato que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória. Amém.

Fonte: Canção Nova

terça-feira, 28 de junho de 2011

Bento XVI escreve seu primeiro tweet e lança portal news.va




Através de um simples clique e uma mensagem no twitter, Bento XVI deu início na noite (hora local) desta terça-feira, 28, a uma nova aventura extraordinária para os meios de comunicação do Vaticano.

A partir do Palácio Apostólico, o Pontífice lançou o novo portal noticioso do vaticano, www.news.va, e também acolheu a proposta de abençoar os usuários da rede através de uma mensagem no twitter.

A ideia foi do presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Arcebispo Claudio Maria Celli. "Devo dizer que o Papa aceitou imediatamente e de bom grado [abençoar os usuários da rede e lançar o portal]. Além disso, ele estima muitíssimo a comunicação e, sobretudo, deseja que a Igreja esteja presente lá onde o homem vive e se encontra", disse Dom Celli à edição em italiano do jornal oficial do Vaticano, L'Osservatore Romano.

O foco das notícias serão as atividades e intervenções do Magistério do Santo Padre, as tomadas de posição dos Dicastérios da Santa Sé e os mais importantes acontecimentos ou situações ligados às várias igrejas particulares espalhadas mundo afora.

Nos primeiros meses, o portal estará disponível em apenas duas línguas: italiano e inglês. Após o término do verão europeu, haverá a primeira remodelação e abertura do site em ao menos uma outra língua, provavelmente espanhol. No entanto, também se deseja que haja disponibilidade em francês e português.
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Papa entregará pálio a novos Arcebispos brasileiros


Os sete novos Arcebispos Metropolitanos brasileiros nomeados ao longo do último ano estão na lista dos que receberão a imposição do pálio das mãos do Papa Bento XVI na próxima quarta-feira, 29, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.

Os prelados são:
- Arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger;
- Arcebispo de Palmas (TO), Dom Pedro Brito Guimarães;
- Arcebispo de Pelotas (RS), Dom Jacinto Bergmann;
- Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Hélio Adelar Rubert;
- Arcebispo de Passo Fundo (RS), Dom Pedro Ercílio Simon;
- Arcebispo de Campo Grande (MS), Dom Dimas Lara Barbosa;
- Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha.

O Pontífice presidirá à Santa Missa na Basílica de São Pedro,ás 9h30 (hora local). A cerimônia também marca o feliz acontecimento do 60° aniversário da Ordenação presbiteral de Bento XVI. Concelebrarão os Cardeais que assim o desejarem e os novos Metropolitas.

Bento XVI autoriza decretos de 1 Beato e 26 Servos de Deus


O Papa Bento XVI recebeu em audiência privada o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos,Cardeal Angelo Amato, na manhã desta segunda-feira, 27.

Durante a audiência, o Sumo Pontífice autorizou a Congregação a promulgar os Decretos a seguir:

- um milagre, atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Mariano Arciero, Sacerdote diocesano; nascido em Contursi (Itália) em 26 de fevereiro de 1707 e falecido em Nápoles (Itália) em 16 de fevereiro de 1788;

- um milagre, atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Giovanni Giuseppe Lataste
(no século: Alcide Vitale), Sacerdote professo da Ordem dos Frades Pregadores e fundador das Irmãs da Ordem Terceira de São Domingos em Betânia; nascido em Cadillac (França) em 5 de setembro de 1832 e falecido em Frasne-le-Château (França) em 10 de março de 1869;

- um milagre, atribuído à intercessão da
Venerável Serva de Deus Maria Agnese Teresa do Ss.mo Sacramento (no século: Emanuela di Gesù Arias Espinosa), Fundadora da Congregação das Missionárias Clarissas do Ss.mo Sacramento e dos Missionários de Cristo para a Igreja Universal; nascida em Ixtlán del Rio (México) em 7 de julho de 1904 e falecida em Roma (Itália) em 22 de julho de 1981;

- um milagre, atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Ildegarda Burjan, Leiga, Mãe de família e Fundadora da Sociedade das irmãs da Caritas Socialis; nascida em Görlitz (Alemanha) em 30 de janeiro de 1883 e falecida em Viena (Áustria) em 11 de junho de 1933;

- o martírio do Servo de Deus Salvio Huix Miralpeix, Bispo de Lleida; nascido em Margarita de Vellors (Espanha) em 22 de dezembro de 1877 e assassinado, por ódio à fé, em Lleida (Espanha) em 5 de agosto de 1936;

- o martírio do Servo de Deus Carlo Lampert, Sacerdote diocesano e Pró-Vigário da Administração Apostólica de Innsbruck Feldkirch; nascido em Göfis (Áustria) em 9 de janeiro de 1894 e
assassinado, por ódio à fé, no Campo de Concentração de Halle sul Saale (Alemanha) em 13 de novembro de 1944;

- o martírio das Servas de Deus Giuseppa Martínez Pérez, da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paula,
e 12 Companheiras, assassinadas, por ódio à fé, em diversos lugares nos limites da Diocese de Valência (Espanha) entre 19 de agosto e 9 de dezembro de 1936;

- as virtudes heroicas do Beato Giovanni Marinoni (no século: Francesco), Sacerdote professo da Ordem dos Clérigos Regulares Teatinos; nascido em Veneza (Itália) em 25 de dezembro de 1490 e falecido em Nápoles (Itália) em 13 de dezembro de 1562;

- as virtudes heroicas do Servo de Deus Giuseppe Maria García Lahiguera, Arcebispo de Valência e Fundador da Congregação das Irmãs Oblatas de Cristo Sacerdote; nascido em Fitero (Espanha) em 9 de março de 1903 e falecido em Madri (Espanha) em 14 de julho de 1989;

- as virtudes heroicas do Servo de Deus Matteo Kadalikattil, Sacerdote Diocesano e Fundador da Congregação das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus para as Mulheres; nascido em Edapady (Índia) em 25 de abril de 1872 e falecido em Palai (Índia) em 23 de maio de 1935;

- as virtudes heroicas do Servo de Deus Raffaele Dimiccoli, Sacerdote Diocesano; nascido em Barletta (Itália) em 12 de outubro de 1887 e ali falecido em 5 de abril de 1956;

- as virtudes heroicas da Serva de Deus Sofia Czeska-Maciejowska, Fundadora da Congregação das Virgens da Apresentação da Beata Virgem Maria; nascida em Budziszowice (Polônia) em data não precisa em 1584 e falecida em Cracóvia (Polônia) em 1º de abril de 1650;

- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Giuseppina Benvenuti (no século: Zeinab Alif), Irmã professa da Ordem de Santa Clara; nascida no Sudão (África) entre os anos de 1845 e 1846 e falecida em Serra de' Conti (Itália) em 24 de abril de 1926;

- as virtudes heroicas da Serva de Deus Laura Meozzi, Irmã professa do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora; nascida em Firenze (Itália) em 5 de janeiro de 1873 e falecida em Pogrzebień (Polônia) em 30 de agosto de 1951;

- as virtudes heroicas da Serva de Deus Luigia (Gina) Tincani, Fundadora da União de Santa Catarina de Sena das Missionárias da Escola; nascida em Chieti (Itália) em 25 de março de 1889 e falecida em Roma (Itália) em 31 de maio de 1976.
Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Igreja celebra a festa de Corpus Christi


A Igreja celebra amanhã, 23, em todo o mundo a festa de Corpus Christi ou do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. A festa remonta ao século XIII e foi instituída pelo papa Urbano IV. Chamam a atenção, em muitos lugares, os tapetes coloridos feitos nas ruas para a procissão com o Santíssimo Sacramento.

Segundo o padre italiano Augusto Bergamini, no livro “Cristo, festa da Igreja – O Ano Litúrgico”, a festa de Corpus Christi “é produto da devoção eucarística medieval ocidental” e surgiu para afirmar a presença real de Cristo na Eucaristia “contra os erros de Berengário de Tours”, sendo estendida a toda a Igreja pelo papa Urbano IV em 1264.

De acordo com Bergamini, a reforma do Vaticano II deu uma denominação mais completa à festa ao mencionar não apenas o Corpo, mas também o Sangue de Cristo.

Leia, abaixo, um artigo de dom Luciano Mendes de Almeida (falecido em 2006), publicado na Folha de S.Paulo, em 5 de junho de 1999.


A eucaristia e o 'amor primeiro'


Estamos na semana da festa de Corpus Christi, celebração litúrgica do "corpo de Cristo entregue e do sangue derramado por nós". É a solene comemoração do amor do Filho de Deus, que deu a vida para nos salvar.

1) Na Quinta-Feira Santa recordamos a última ceia, na qual Jesus instituiu o Sacrifício da Nova Aliança e a selou com seu próprio sangue, aceitando a morte violenta na cruz. O apóstolo João faz a apologia desse "amor primeiro" pelo qual Jesus Cristo -antes de qualquer resposta de nossa parte- entregou-se a Deus pai por nós (1 Jo 4,8). A ênfase litúrgica é colocada no amor de Cristo por nós. "Não há maior amor do que dar a vida pelo amado" (Jo 15, 13).

2) Na festa do "corpo de Cristo" louvamos a Deus pelo grande dom da eucaristia. Um aspecto primordial nessa celebração é a resposta da nossa parte à doação do salvador. "Deu a vida por nós", diz são João, que conclui: "Também nós devemos dar a vida pelos irmãos" (1 Jo 3,16). Amor com amor se paga. Assim, a mensagem e o significado do "corpo entregue de Cristo" é a descoberta de que, ao amor gratuito e "primeiro" de Deus para conosco, deve corresponder o nosso "amor primeiro" aos irmãos: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amo" (Jo 13,35). Entrar em comunhão com Cristo pela eucaristia é imitar o divino salvador e comprometer-se em empenhar-se a fim de que todos tenham vida.

3) Em cada celebração eucarística, estamos pedindo a Deus que nos auxilie a cumprir o mandamento da nova lei, amando "primeiro" -com plena gratuidade- aos irmãos, a começar dos mais necessitados. A eucaristia é, assim, fonte de doação fraterna e tende a se expressar em gestos de solidariedade e partilha, lançando, ainda nesta vida, as bases para um tipo novo de sociedade, marcada pela justiça, concórdia e paz.

4) Concentra-se, portanto, na eucaristia um enorme potencial de doação e serviço ao próximo, nascido do mandamento do amor, que deveria dinamizar cada um de nós e a comunidade cristã para atender às necessidades espirituais e materiais do nosso povo. Nessa perspectiva insere-se o trabalho de evangelização como forma de aproximação mais pessoal, como visitas domiciliares, roteiros de reflexão para grupos de famílias, catequese crismal para os jovens, cursos de teologia para leigos, preparação e acompanhamento de casais, diálogo ecumênico e inter-religioso.

Na mesma vontade de servir vão as comunidades descobrindo como ir ao encontro das situações de injustiça social e pobreza. Crescem a consciência da cidadania e o compromisso político como forma qualificada do amor cristão. Entre as iniciativas imediatas mais frequentes, intensificam-se as atividades da Pastoral das Crianças, os cuidados para deficientes, enfermos e idosos. Recente é o método de atendimento em família aos portadores de HIV. Várias comunidades, neste ano, criaram bancos de emprego, recebendo pedidos e habilitando candidatos. Há união de esforços para construção de casas em mutirão, assentamento de famílias, organização de trabalhos artesanais e distribuição de alimentos, roupas e remédios.

São formas de expressar a fraternidade cristã e de promover o bem comum que nascem do zelo em imitar o coração de Jesus realmente presente na eucaristia. O corpo entregue e o sangue derramado de Cristo permanecem para sempre como o grande exemplo de amor a ser seguido. São também o alimento que nos fortalece a fim de sermos capazes de cumprir a missão de tornar visível no mundo de hoje o amor primeiro que o Espírito Santo em nós infunde.

+Dom Luciano Mendes de Almeida, SJ

Fonte: CNBB

Dom Daniel Kozlinski é nomeado administrador apostólico na Argentina

Dom_DanielO papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 22, o bispo auxiliar da Eparquia São João Batista em Curitiba, dos Ucranianos, dom Daniel Kozlinski Netto, administrador apostólico da Eparquia Santa Maria do Patrocínio em Buenos Aires, Argentina.

Dom Daniel, 59, é paranaense de Colônia do Paraíso, município de Pato Branco. Ordenado padre em 1980, foi nomeado bispo em junho de 2007, recebendo a ordenação episcopal em setembro do mesmo ano.

Antes do episcopado, dom Daniel foi coadjutor na paróquia da catedral da Eparquia São João Batista; pároco da paróquia São José, em Dorizon, e formador no Seminário Menor da Eparquia; pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus e reitor do Seminário Menor da Eparquia; reitor do Seminário Maior São Josafat; pároco da catedral São João Batista, em Curitiba; pároco da paróquia São José, em Cantagalo (PR).


Fonte: CNBB